Há uma idade para a ortodontia?

por Aparecida Carvalho Clinic

jul 9, 2017

Dentista

A nomenclatura do seguro social, indica uma idade limite para o início dos tratamentos de ortodontia impondo há muito tempo uma noção de idade ortodôntica. Mas hoje, portanto, o desenvolvimento de técnicas e de materiais permite considerar a ortodontia de 0 a 99 anos!

Não há mais idade para ortodontia, mas, mais idades para a ortodontia e mais ainda uma ortodontia para cada idade.

Após ter mencionado em uma primeira comunicação os fatores biológicos específicos das diferentes etapas da vida e suas influências nas decisões ortodônticas, as três outras comunicações apresentaram as possibilidades, os limites e as particularidades da ortodontia para a criança, para o adolescente e o adulto. (Dr. M. J. BOULEAU)

Na dentição mista a ortodontia pode através de técnicas simples, desempenhar um papel essencial na morfogênese das arcadas dentárias. A idade ortodôntica ideal é a idade da dentição permanente, a fim de respeitar certos princípios de ancoragem. Mais especificamente há uma idade para a dismorfose.

As mal oclusões de Classe III terão sempre a atenção ortodôntica em cada etapa de crescimento.

As mal oclusões de Classe II serão tratadas em continuidade com ortodontia e ortopedia no momento da pré-puberdade.

A ortodontia será diferenciada no fim do crescimento para os tratamentos com indicação para cirurgia. (Dr. François DARQUE)

A ortopedia muito precoce está em plena evolução. Com efeito, ela responde à necessidade de desenvolver uma medicina preventiva para as desarmonias dento-faciais (70% das crianças segundo a UFSBD – União Francesa de Saúde Buco-Sanitária – como portadores de mal oclusão dentária) e patologias associadas. Com efeito, as mal oclusões dentárias são raramente isoladas, mas fequentemente associadas ao mal funcionamento na esfera ORL ou da postura estática.

Harmonizando as estruturas ósseas, esta ortopedia reequilibra a função mastigatória, corrige os maus hábitos funcionais e modifica o crescimento geral da criança. A boca é porta de entrada de uma grande rede biodinâmica crânio-facial: as forças aplicadas sobre o maxilar ou a mandíbula induzem à distância remodelagens ósseas da base do crânio.

Esta ortopedia, realizada antes dos 6 anos, não poderia existir sem os dentistas clínicos gerais ou odontopediatras. Seus papeis são fundamentais para detectar, informar e aconselhar os pais. Com efeito, na vanguarda da terapêutica há o problema essencial da detecção precoce.

Porém, nós veremos que o exame da oclusão na dentição decídua, é muito fácil de ser detectado os primeiros sinais de uma desarmonia sagital, transversal ou vertical.

Aprendemos a ter cuidado com bocas muito pequenas, muito cheias de cúspides intactas, testemunhando uma mastigação de alimentos macios ou um hipo-desenvolvimento mandibular levando a uma sobremordida profunda dos primeiros incisivos permanentes.

Nunca é muito cedo demais para fornecer aos pais informações, sobre as funções orofaciais. Assim, a detecção da respiração bucal é responsabilidade do dentista clínico geral, ou odontopediatra.

Não se deve esperar para motivar a criança a parar um hábito destrutivo (como mamadeira ou chupeta), ou se engajar em um processo terapêutico.

Quanto à aparelhagem para correção das mal oclusões na dentição decídua é bem específico, e deve ser confiado ao ortopedista; mas a criança já teve junto ao pediatra ou clinico geral uma recepção especial e confiança, que são as marcas de um sucesso terapêutico. (Dr. Marie-Joséphe DESHAYES)

A ortodontia pode ser considerada em qualquer idade, mas o ortodontista deve adaptar seu tratamento às características específicas de cada fase e escolher, quando possível, o melhor momento de tratar. A idade aparece como o maior fator nas decisões terapêuticas porque influência:

• As condições biológicas do tratamento:

– O crescimento residual, que permite ou não uma terapêutica ortopédica, mas também guia a escolha da contenção?
– As condições periodontais, que modificam a biomecânica dos deslocamentos dentários e impõem em caso de periodonto reduzido, os compromissos terapêuticos?
– As possibilidades de adaptação neuro-músculo articulares?

• As condições psicológicas: as diversas limitações de tratamento ortodôntico são experimentados de forma diferente pela criança, o adolescente ou adulto.

Em função da etiologia, da dismorfose e da severidade, considerando estes diferentes parâmetros, deve-se escolher o melhor momento para o tratamento. Devemos identificar os diversos pontos específicos nas diferentes etapas da vida que influenciam a decisão terapêutica na ortodontia. (Dr. François DE BRONDEAU)

A ortodontia na idade adulta não é fácil, o paciente deve superar diversos obstáculos, a princípio psicológicos, que são avaliados em função de sua personalidade.

Mais, ele deve aceitar o plano de tratamento proposto pelo ortodontista que deixa pouco lugar para negociação em função da importância da mal oclusão a ser tratada e sobretudo ao estado de saúde dento-periodontal.

Por outro lado, próteses e algumas vezes, cirurgias podem ser necessárias, portanto, razão para privilegiar a explicação, a comunicação, e deixar sempre no paciente o sentimento de que nada lhe é imposto. (Dr. Etienne BARDINET)

Os tratamentos ortodônticos pré-protéticos do adulto podem conduzir à situações oclusais instáveis agravando os riscos de recidivas inerentes a todo deslocamento dentário.

Este risco é maior na região incisivo-canina e é acompanhado de prejuízos estéticos severos.

A responsabilidade destas recidivas frequentes devido ao desgaste dentário ou protético, aparece progressivamente no curso da vida.

A abrasão criada localmente ou à distância, as desarmonias dento-dentárias tridimensionais cuja correção ou compensação podem ser difíceis de alcançar e manter, mesmo em um tratamento multidisciplinar, ortodôntico e protético.

As recidivas estão relacionadas tanto às condições do tratamento ortodôntico quanto às dificuldades de reconstrução protéticas, provisórias mais definitivas.

Esta análise das recidivas dos tratamentos ortodônticos e protéticos da região anterior encoraja certamente à prudência terapêutica e à necessidade de um plano terapêutico multidisciplinar bem coordenado. (Dr. André PUJOL)

CONFERENCIA – Associação Dentária Francesa – ADF 11/01/2011

HÁ UMA IDADE PARA A ORTODONTIA? A nomenclatura do seguro social, indica uma idade limite para o início dos tratamentos de ortodontia impondo há muito tempo uma noção de idade ortodôntica. Mas hoje, portanto, o desenvolvimento de técnicas e de materiais permite considerar a ortodontia de 0 a 99 anos! Não há mais idade para ortodontia, mas, mais idades para a ortodontia e mais ainda uma ortodontia para cada idade. Após ter mencionado em uma primeira comunicação os fatores biológicos específicos das diferentes etapas da vida e suas influências nas decisões ortodônticas, as três outras comunicações apresentaram as possibilidades, os limites e as particularidades da ortodontia para a criança, para o adolescente e o adulto. (Dr. M. J. BOULEAU) Na dentição mista a ortodontia pode através de técnicas simples, desempenhar um papel essencial na morfogênese das arcadas dentárias. A idade ortodôntica ideal é a idade da dentição permanente, a fim de respeitar certos princípios de ancoragem. Mais especificamente há uma idade para a dismorfose. As mal oclusões de Classe III terão sempre a atenção ortodôntica em cada etapa de crescimento. As mal oclusões de Classe II serão tratadas em continuidade com ortodontia e ortopedia no momento da pré-puberdade. A ortodontia será diferenciada no fim do crescimento para os tratamentos com indicação para cirurgia. (Dr. François DARQUE) A ortopedia muito precoce está em plena evolução. Com efeito, ela responde à necessidade de desenvolver uma medicina preventiva para as desarmonias dento-faciais (70% das crianças segundo a UFSBD – União Francesa de Saúde Buco-Sanitária – como portadores de mal oclusão dentária) e patologias associadas. Com efeito, as mal oclusões dentárias são raramente isoladas, mas fequentemente associadas ao mal funcionamento na esfera ORL ou da postura estática. Harmonizando as estruturas ósseas, esta ortopedia reequilibra a função mastigatória, corrige os maus hábitos funcionais e modifica o crescimento geral da criança. A boca é porta de entrada de uma grande rede biodinâmica crânio-facial: as forças aplicadas sobre o maxilar ou a mandíbula induzem à distância remodelagens ósseas da base do crânio. Esta ortopedia, realizada antes dos 6 anos, não poderia existir sem os dentistas clínicos gerais ou odontopediatras. Seus papeis são fundamentais para detectar, informar e aconselhar os pais. Com efeito, na vanguarda da terapêutica há o problema essencial da detecção precoce. Porém, nós veremos que o exame da oclusão na dentição decídua, é muito fácil de ser detectado os primeiros sinais de uma desarmonia sagital, transversal ou vertical. Aprendemos a ter cuidado com bocas muito pequenas, muito cheias de cúspides intactas, testemunhando uma mastigação de alimentos macios ou um hipo-desenvolvimento mandibular levando a uma sobremordida profunda dos primeiros incisivos permanentes. Nunca é muito cedo demais para fornecer aos pais informações, sobre as funções orofaciais. Assim, a detecção da respiração bucal é responsabilidade do dentista clínico geral, ou odontopediatra. Não se deve esperar para motivar a criança a parar um hábito destrutivo (como mamadeira ou chupeta), ou se engajar em um processo terapêutico. Quanto à aparelhagem para correção das mal oclusões na dentição decídua é bem específico, e deve ser confiado ao ortopedista; mas a criança já teve junto ao pediatra ou clinico geral uma recepção especial e confiança, que são as marcas de um sucesso terapêutico. (Dr. Marie-Joséphe DESHAYES) A ortodontia pode ser considerada em qualquer idade, mas o ortodontista deve adaptar seu tratamento às características específicas de cada fase e escolher, quando possível, o melhor momento de tratar. A idade aparece como o maior fator nas decisões terapêuticas porque influência : • As condições biológicas do tratamento: – O crescimento residual, que permite ou não uma terapêutica ortopédica, mas também guia a escolha da contenção? – As condições periodontais, que modificam a biomecânica dos deslocamentos dentários e impõem em caso de periodonto reduzido, os compromissos terapêuticos? – As possibilidades de adaptação neuro-músculo articulares? • As condições psicológicas: as diversas limitações de tratamento ortodôntico são experimentados de forma diferente pela criança, o adolescente ou adulto. Em função da etiologia, da dismorfose e da severidade, considerando estes diferentes parâmetros, deve-se escolher o melhor momento para o tratamento. Devemos identificar os diversos pontos específicos nas diferentes etapas da vida que influenciam a decisão terapêutica na ortodontia. (Dr. François DE BRONDEAU) A ortodontia na idade adulta não é fácil, o paciente deve superar diversos obstáculos, a princípio psicológicos, que são avaliados em função de sua personalidade. Mais, ele deve aceitar o plano de tratamento proposto pelo ortodontista que deixa pouco lugar para negociação em função da importância da mal oclusão a ser tratada e sobretudo ao estado de saúde dento-periodontal. Por outro lado, próteses e algumas vezes, cirurgias podem ser necessárias, portanto, razão para privilegiar a explicação, a comunicação, e deixar sempre no paciente o sentimento de que nada lhe é imposto. (Dr. Etienne BARDINET) Os tratamentos ortodônticos pré-protéticos do adulto podem conduzir à situações oclusais instáveis agravando os riscos de recidivas inerentes a todo deslocamento dentário. Este risco é maior na região incisivo-canina e é acompanhado de prejuízos estéticos severos. A responsabilidade destas recidivas frequentes devido ao desgaste dentário ou protético, aparece progressivamente no curso da vida. A abrasão criada localmente ou à distância, as desarmonias dento-dentárias tridimensionais cuja correção ou compensação podem ser difíceis de alcançar e manter, mesmo em um tratamento multidisciplinar, ortodôntico e protético. As recidivas estão relacionadas tanto às condições do tratamento ortodôntico quanto às dificuldades de reconstrução protéticas, provisórias mais definitivas. Esta análise das recidivas dos tratamentos ortodônticos e protéticos da região anterior encoraja certamente à prudência terapêutica e à necessidade de um plano terapêutico multidisciplinar bem coordenado. (Dr. André PUJOL) CONFERENCIA – Associação Dentária Francesa – ADF 11/01/2011
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